sexta-feira, 25 de novembro de 2011

GEOMORFOLOGIA APLICADA A EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS






          A gestão dos recursos minerais, levando-se em conta a avaliação geomorfológica , concentra-se em três eixos principais:  solos, minerais e cascalhos. Segundo Hart (1986), o recurso natural de maior importância é o solo (agricultura, alimentos). A geomorfologia atribui destaque ao solo pelo contato com a rochas e os processos iniciados pelo intemperismo.
          As classes de solos podem ser verificadas a partir de mapas geomorfologicos. Muitos recursos minerais relacionados com as feições do relevo, também podem ser  observados a partir destes mapas. Os exemplos são muitos: depósitos aluviais, como ouro e diamante, intemperizados  como cobre, limonita, manganês, bauxita, cobalto e caulim, e depósitos basais, como carvão e minério de ferro. Pela utilização na construção civil, a areia e o cascalho, são talvez os materiais mais importantes extraidos da superficie da terra.
            Devido ao impacto ambiental somado ao desrespeito à legislação, a  exploração da areia demonstra a importância da Geomorfologia na elaboração das EIAS-RIMAs, tanto quanto nos laudos periciais quando os impactos ocorrem.
             De acordo com Hart(1986) a Geomorfologia pode contribuir principalmente nas seguintes áreas:  identificação, mapeamento e avaliação econômica de depósitos de minerais(área de maior tradição), avaliação de impactos ambientais futuros, monitoramento da área explorada, avaliação do custo/benefício da atividade. Dentre uma série de atividades que transformam e podem degradar o relevo terrestre Goudie (1990) cita vários tipos de mineração: ferro, carvão, bauxita, cobre etc., e, até mesmo, a extração de água..
          Sanchez(2003) aponta, do ponto de vista histórico, os danos ambientais que a mineração tem causado no Brasil desde a sua descoberta: ouro, ferro, carvão, chumbo, estanho, bauxita, calcário e outros.
           As empreas mais avançadas em gestão, visam melhorar o empenho ambiental com os seguintes procedimentos: reuso da água, redução do consumo de emergia, monitoramento ambiental, disposição segura de rejeitos. Mais uma vez a Geomorfologia pode contribuir neste processo. De acordo com Suguio(2003) “a capacidade de prognosticar eventos é um dos aspectos meis relevantes daGeologia Sedimentar”.O surgimento de inúmeras contribuições em campos novos no país, como os da Geologia Marinha, Arqueologia e estudos ambientais criminalísticos, precisa da integração de todas as áreas de conhecimento científico”.

Resenha by Vidal

GUERRA,   A. J.T; MARÇAL,M.S. Geomorfologia Ambiental. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Trabalhos em grupo e Seminários Pedagógicos sob o ponto de vista da Psicopedagogia

Funcionamento do Grupo I

Objetivos: Oferecer aos alunos estratégias de intervenção em atividades de grupo.

Quando se deseja estudar um grupo em funcionamento e compreender a sequência de eventos; as modalidades de interação e suas consequências fazem-se necessário identificar os componentes relevantes dos processos de grupo.

Visualizando-se o grupo como um campo de forças, em que umas concorrem para movimentos de progresso do grupo e outras para dificuldades ou retrocesso, algumas delas ressaltam no funcionamento grupal. São elas: objetivos, motivação, comunicação, processo decisório, relacionamento, liderança e inovação.

Objetivos

Há um objetivo comum a todos os membros do grupo?

Até que ponto este objetivo é suficientemente claro, compreendido e aceito por todos?

Até que ponto os objetivos individuais são compatíveis com o coletivo e entre si?

Motivação

Qual o nível de interesse e entusiasmo pelas atividades do grupo?

Quanta energia individual é canalizada para o grupo?

Quanto tempo é efetivamente devotado ao grupo (em termos de frequência, permanência, ausências, atrasos, saídas antecipadas)?

Qual o nível de envolvimento real nos problemas e preocupações do grupo?

Até que ponto há participação plena e dedicação espontânea no processo de grupo?

Comunicação

Quais as modalidades mais características de comunicação no grupo?

Todos falam livremente ou há bloqueio e receio de falar?

Há espontaneidade nas colocações ou cautela deliberada?

Qual o nível de distorção na recepção das mensagens?

Há troca de feedback, aberto e direto?

Processo decisório

Como são tomadas as decisões no grupo?

Com que frequência às decisões são unilaterais, por imposição de quem detém o poder?

É comum a decisão por votação, em que a maioria expressa sua vontade?

Quantas vezes o processo decisório é alcançado por consenso, permitindo que todos se posicionem, com respeito mútuo?

Qual a modalidade de tomada de decisão mais característica do grupo?

Relacionamento

As relações entre os membros são harmoniosas, propícias à cooperação?

As relações harmoniosas são apenas superficiais, de aparente cordialidade, ou permitem real integração de esforços e efetividade que levem à coesão do grupo?

As relações mostram-se conflitantes e indicam competição, clara ou velada, entre os membros?

Até que ponto essas relações conflitivas tendem ao agravamento, podendo conduzir o grupo à desintegração?

Construa estratégias de Intervenção Pedagógicas em defesa da vida. Sempre colocando em análise os efeitos de suas ações sobre as pessoas, o ambiente e as instituições.

ESAB - PSICOPEDAGOGIA  (by Nocilmar Vidal - estudando na noite de sexta)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Estudo de termos - Maestria pessoal e RESILIÊNCIA

RESILIÊNCIA


Objetivos: Definir o conceito de maestria pessoal e resiliência, utilizando-os como instrumentos de análise e intervenção psicopedagógica.

Visão de resiliência através do seu conceito.

No Dicionário Aurélio - em Física resiliência quer dizer "a propriedade pela qual a energia armazenada em um determinado corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora duma deformação elástica". No sentido figurado resiliência quer dizer "resistência ao choque".

No Dicionário Latim / Português - "resilientia verbo latino resilio (re-salio), quer dizer: soltar para trás, retirar-se sobre si mesmo, voltar saltando, recuar, encolher, reduzir-se".

Em ciências sociais, resiliência é "uma qualidade de resistência e perseverança da pessoa humana face às dificuldades que encontra".

Em medicina é resiliência corresponde à capacidade que o indivíduo tem de resistir por si próprio ou por medicamentos, uma doença, intervenção ou infecção.

Na biologia, é a capacidade ( força e flexibilidade) que a natureza tem de se reorganizar, após passar por uma situação de devastação. Por exemplo, uma floresta pode ser dizimada pelo fogo, mas pode se reorganizar mesmo que isto possa exigir séculos.

Na odontologia, os dentistas usam o conceito de resiliência referindo-se ao material ortodôntico para correção da arcada dentária. Este material é forte o suficiente para fazer o deslocamento necessário e flexível a ponto de manter os dentes no devido lugar de correção.

Em Psicologia, é a capacidade (força e flexibilidade) que o ser humano tem em superar situações adversas (estresse / crise) com o mínimo de disfuncionalidade no seu comportamento, adaptando-se ou ajustando-se, a nova situação ( flexibilidade externa e interna).

Compreender a resiliência é procurar entender os seus mecanismos, o seu processo, ou seja, o que envolve o estresse. Vamos nos permitir tratar diferentes conceitos e abordagem.

 Como minha posição ainda é de estudo sobre o tema, não vou apresentar aqui nenhuma posição pessoalmente conclusiva, mas buscar o maior número de elementos de modo que possamos ir construindo um capital de informações sobre o assunto.

Na primeira abordagem o conceito de resiliência está ligado ao conceito de estresse que é o momento vivido pela pessoa em relação com o ambiente e percebido e avaliado por ela, como excedendo aos seus recursos e assim colocando em risco o seu bem estar e conforto pessoal.

 Daryl Conner usa uma analogia bem interessante para aclarar este conceito. A pessoa se vê diante da situação como uma "esponja saturada", sem mais nenhum espaço ou recurso interno para lidar com a situação vista, agora, como um risco, portanto como um estresse.

Fica nítido, portanto, que o estresse é decorrente da forma de perceber o fato, a situação que, deste modo, se toma um risco para a pessoa.

Buscar um aprofundamento sobre resiliência é compreender os fatores de riscos e também seus mecanismos.


Estudos de Psicopedagogia - ESAB


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A filosofia e os "Psi"


       Nós os "Psi" (Quanta pretensão!) 
  1. os "psi" devem estudar o ser humano vivo como um todo (holístico) e não de modo fragmentado (percepção; aprendizagem; motivação etc.), pois informações assim não geram conhecimentos profundos e substanciais;
  2. devem ser investigados problemas humanos que são significativos, como a responsabilidade, objetivos de vida, compromisso, cidadania, satisfação, criatividade, solidão, autorealização, espontaneidade etc;
  3. os "psi" dessa área, não buscam leis gerais universais, pois os humanistas enfatizam o individual, o excepcional, o diferente e as diferenças e o imprevisível;
  4. os métodos de estudo são secundários. Os humanistas usam vasta instrumentagem de pesquisa, desde técnicas relativamente objetivas até as subjetivas, como a introspecção, a análise da literatura, e consideram a intuição como uma fonte de informação válida. Os cientistas renomados dessa área são C. R. Rogers; A. Maslow; A.S. Neill (Escola de Summerhill) etc.
    (ESAB-Psicopedagogia)



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Freud Explica - Mecanismos de defesa do EGO


Eis descrições reduzidas de alguns mecanismos de defesa comuns do ego:

Negação: defender-se da ansiedade "fechando os olhos" à existência da realidade ameaçadora. A pessoa recusa-se a aceitar como fato algum aspecto da realidade que provoca ansiedade. A ansiedade em relação à morte da pessoa amada manifesta-se, muitas vezes, pela negação do fato da morte. Em situações trágicas, tais como a guerra e outros desastres, as pessoas tendem a ficar cegas diante de realidades cuja aceitação seria dolorosa demais.

Projeção: atribuir a outra pessoa aqueles traços que são inaceitáveis para o próprio ego. O indivíduo nos visualiza outros as coisas que lhe desagradam e que não pode aceitar em si mesmo. Assim, pode-se condenar os outros por seus "procedimentos pecaminosos" e negar que se possua tais impulsos para o mal. Para evitar a dor decorrente do reconhecimento, em si mesmo, de tendências julgadas imorais, a pessoa divorcia-se de tal realidade.

Fixação: ficar "preso" a um dos estágios primitivos do desenvolvimento, porque dar o próximo passo envolveria a expectativa de ansiedade. A criança superdependente exemplifica a defesa por fixação; a ansiedade impede a criança de aprender a tornar-se independente.

Regressão: retirar-se para uma fase inicial do desenvolvimento, onde as exigências não sejam tão grandes. Por exemplo, uma criança, que é amedrontada na escola, pode permitir-se um comportamento infantil tal como chorar, chupar o dedo, esconder-se e agarrar-se a uma professora. Ou a criança pode reverter a formas menos maduras de comportamento, quando um novo bebê aparece em sua casa.

Racionalização: munir-se de "boas" razões para justificar o ego ferido; auto-engano, de forma a que a realidade de algum desapontamento não seja tão penosa. Assim, quando as pessoas não conseguem as posições que pretendiam em seu trabalho, muitas vezes descobrem as mais variadas razões para se sentirem realmente contentes por não terem alcançado aqueles postos. Ou, ainda, um rapaz, sendo abandonado pela namorada, talvez acalme seu ego atingido persuadindo-se de que ela não valia tanto, afinal, e de que estava já a ponto de descartar-se dela.

Sublimação: usar formas superiores e mais socialmente aceitáveis, para dar vazão aos impulsos básicos. Por exemplo, os impulsos agressivos podem ser canalizados para esportes competitivos, objeto de aprovação social, de modo que a pessoa encontre um meio de expressar sentimentos agressivos e, como benefício adicional, seja freqüentemente recompensada pelo sucesso alcançado nas competições.

Deslocamento: dirigir a energia para outro objeto ou pessoa, quando o objeto ou pessoa original se encontra fora do alcance. O jovem que, cheio de ressentimento, gostaria de atacar seus pais, atinge um alvo mais seguro: sua irmã menor (ou o gato, se ela não estiver perto).

Repressão: esquecer conteúdos que são traumáticos ou ansiógenos; jogar a realidade inaceitável no inconsciente, ou nunca tornar consciente o material conflitante. A repressão, um dos conceitos freudianos mais importantes, é a base para muitas outras defesas do ego e para perturbações neuróticas.

Formação reativa: comportar-se de modo diametralmente oposto aos desejos inconscientes; quando sentimentos profundos são ameaçadores, o indivíduo usa a cobertura do comportamento oposto para negar esses sentimentos. Por exemplo, devido à culpa, a mãe que sente estar rejeitando seu filho pode caminhar para o comportamento oposto da superproteção e do "amor em excesso". Pessoas que são por demais simpáticas e doces podem estar escondendo hostilidade reprimida e sentimentos negativos.


Texto do Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia - ESAB